Publicado em 09/03/2012 | EUCLIDES LUCAS GARCI
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Henry Milleo/ Gazeta do Povo |
Ratinho Jr. e Fruet estiveram juntos ontem, em Curitiba, num evento da Associação Comercial do Paraná (ACP) em homenagem à ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT), pelo Dia Internacional da Mulher. A presença do parlamentar do PSC ao lado de Fruet aumentou os rumores de uma eventual aliança entre eles no pleito de outubro. O episódio se somou à recente nomeação do presidente do PSC de Curitiba, Borges dos Reis, para a Diretoria de Políticas de Acessibilidade do Ministério das Cidades. “Foi uma indicação nacional do PSC, já que ele é uma das pessoas que mais entende da área no país”, afirmou o deputado.
Ao mesmo tempo, entretanto, Ratinho Jr. teve de dar explicações sobre a visita do pai, o apresentar Ratinho, ao governador Beto Richa (PSDB) na última segunda-feira. Na oportunidade, teria sido tratada a formação de uma aliança com o atual prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB), que é apoiado por Richa e busca a reeleição. “Eles apenas discutiram um projeto do Grupo Massa [cujo proprietário é Ratinho] de repovoamento dos rios do estado, com o resgate de peixes nativos”, garantiu.
Ao comentar esses últimos episódios, Ratinho Jr. disse que, apesar de ter bom trânsito nos dois lados que o querem como aliado, vai até o fim na eleição deste ano. “A minha candidatura está colocada e não tem volta”, declarou. Segundo o parlamentar, ele já teria o apoio de PCdoB, PR, PTdoB e PHS, e estaria muito perto fechar com o PV. “Não sou um candidato aventureiro. Isso já me dá pelo menos cinco minutos de TV. Serei uma opção independente e não vou me curvar a outros partidos.”
Aliança
Por outro lado, Fruet declarou que “lá na frente” vai estabelecer um diálogo com Ratinho Jr. para a costura de uma aliança. O ex-deputado federal revelou ainda que pretende buscar o apoio de PV e PCdoB.
Questionado sobre o aliado mais forte que pode ter na eleição para prefeito de Curitiba, o PT, Fruet afirmou que respeita a decisão da legenda de discutir internamente os rumos da disputa e só decidir no fim de abril se o apoia ou lança candidato próprio. “Esse debate tem de ser incentivado. São variáveis que só serão definidas no prazo final.”
O PT tem três pré-candidatos a prefeito na capital: o deputado estadual Tadeu Veneri e os federais Dr. Rosinha e Angelo Vanhoni. “O PT é um partido que, historicamente, debate todos os seus temas, para que depois de decidido os filiados se engajem na campanha. Mas há uma maioria tendendo para aliança, e é possível considerar essa hipótese como algo bastante provável”, disse o deputado federal petista André Vargas, um dos principais articuladores da aliança com Fruet.
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