segunda-feira, 24 de maio de 2010
Beto Richa ao Senado Federal ou nada!
O ex-prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), poderá ser retirado da disputa pelo governo do estado. Isso não é nenhuma novidade para os leitores deste blog.
Vou tentar explicar essa questão, caríssimos. Pois bem. Beto está estagnado nas pesquisas há mais de um ano. Não conseguiu ampliar com nenhum partido político. Está tecnicamente empatado com o senador Osmar Dias (PDT), com quem divide a simpatia do eleitorado. O enfrentamento dos dois numa campanha viraria uma carnificina.
Dito isto, no plano político, há outra pendência que deixa Beto Richa com o pescoço a prêmio e a cúpula nacional tucana com as penas ouriçadas: a possibilidade cada vez mais concreta de o ex-prefeito de Curitiba ficar inelegível pelos próximos três anos por causa do caixa 2 (Comitê Lealdade) na reeleição de 2008.
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) negou recurso ao PSDB em que reivindicava a “decadência” do processo haja vista que Richa renunciou ao mandato. Então, o tucano ingressou com um agravo que deverá ser julgado ainda nesta semana. Os meios jurídicos apostam em uma nova derrota para o ex-prefeito.
O Paraná possui 7,5 milhões de eleitores. Já é o quarto colégio eleitoral do país. Esses votos, com certeza, podem significar a vitória ou a derrota na corrida presidencial do ex-governador tucano José Serra, que terá a dura missão de enfrentar nas urnas a petista Dilma Rousseff.
Os críticos podem até dizer que este blogueiro “viaja na maionese”, pois Beto Richa lidera as pesquisas com 40% das intenções de voto. Mas está em viés de baixa. Está perdendo terreno, muito rápido, em Curitiba e região metropolitana. Ao expor as vísceras numa campanha cairá ainda mais. O Paraná é muito complexo e os eleitores do interior levam em consideração o conteúdo do candidato e não apenas a mídia.
Portanto, caro leitor, pasme, o que se discutiu intensamente na seman que passou entre tucanos e o senador pedetista, em São Paulo, é a troca de candidato aqui na província. Isso mesmo! Beto sai, entra Osmar.
E o que faria Beto Richa? Tentaria disputar o Senado.
Com essa tacada, calculam os caciques do PSDB, os petistas ficariam com a broxa na mão no Paraná. Dilma ficaria sem opção de palanque. Restaria ao PT agarrar-se ao PMDB de Orlando Pessuti.
Resumo da ópera: a cúpula tucana correrá esses riscos todos descritos acima com a pré-candidatura de Beto Richa? As possibilidades de dividir o eleitorado e perder o candidato em plena campanha?
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