quinta-feira, 2 de novembro de 2017

A impunidade em crimes contra comunicadores no Brasil

Neste 2 de novembro é celebrado o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade em Crimes contra Comunicadores. A data foi escolhida pela ONU em homenagem aos jornalistas franceses Claude Verlon and Ghislaine Dupont, assassinados no Mali em 2 de novembro de 2013.
De acordo com a Unesco, de 2006 a 2016, 930 jornalistas foram mortos em todo o mundo por conta do exercício da profissão. Em apenas 8% dos casos, os perpetradores dos crimes foram responsabilizados.
Em seu relatório “O Ciclo do Silêncio: impunidade em homicídios de comunicadores no Brasil”, lançado em 2016, a ARTIGO 19 examinou as principais características de 12 casos de homicídios de radialistas, blogueiros, jornalistas e fotojornalistas monitorados pela entidade entre 2012 e 2014.
Entre os achados está a marca da impunidade. De todos os 12 casos, apenas seis culminaram na abertura de um processo criminal, sendo que só em três deles houve pessoas sentenciadas. Outro dado que chama a atenção é que em nenhuma das vezes os mandantes dos crimes foram responsabilizados.
Segundo levantamento da ARTIGO 19, mais crimes foram elucidados quando se privilegiou, como linha investigativa, a atividade de comunicadora da vítima como possível motivação. Também foi fundamental para a identificação dos criminosos que as provas tenham sido juntadas rapidamente aos inquéritos. Os casos que se tornaram processos judiciais são aqueles em que não houve morosidade na realização de diligências, como solicitações de quebra de sigilo telefônico, exames periciais e oitiva de testemunhas.
Um fator de grande importância foi a participação de órgãos especiais ainda na fase investigativa. Delegacias especializadas em homicídios ou grupos de trabalho interinstitucionais são importantes porque diminuem o risco das investigações serem manipuladas e oferecem melhores recursos para o trabalho policial.
A atuação incisiva do Ministério Público também contribuiu para que alguns crimes não entrassem nas estatísticas do esquecimento. Essa participação foi positiva em um duplo sentido: ao realizar o controle externo da atividade policial e na mobilização de esforços para a conclusão eficaz dos inquéritos.
Nos casos analisados, sempre que a mídia interferiu ativamente na denúncia dos atentados e na cobrança de resolução das autoridades, essa intervenção foi positiva. A naturalização da violência letal precisa ser superada pelo exercício da cidadania.
Para a ARTIGO 19, a impunidade é um dos principais motivos para que o ciclo de violações contra comunicadores siga acontecendo. Em um cenário como esse, muitos comunicadores acabam incorrendo na autocensura, deixando de publicar informações de interesse público, o que não apenas prejudica o exercício da liberdade de expressão como também viola o direito de informação de toda a sociedade.
Além disso, segundo nosso monitoramento, quando há alguma responsabilização, apenas os executores contratados para cometer o crime são responsabilizados, enquanto os mandantes permanecem ocultos. Por isso, para combater a impunidade de fato, é imperativo que o Estado brasileiro também reúna esforços para identificar os mandantes dos crimes.

  
LINK: http://artigo19.org/?p=12769

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Após perder de 9×1, Requião deleta enquete sobre o Uber. Ele passou vergonha porque ficou contra o povo…


Roberto Requião perdeu na enquete sobre a Uber e adivinha? Apagou o post. Por sorte meu amigo Tácito Reis da Use Liberdade printou antes 😂😂😂

NÃO AO PLC 28/2017


Votação da denúncia contra Temer - Deputados do Paraná

Votação da admissibilidade da denúncia da PGR contra o presidente Michel Temer.



 

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Políticos Paranaenses que votaram a favor de Temer


Segue a lista dos deputados paranaenses que votaram a favor de Temer. Vergonha do Paraná!

Toninho votou a favor de Temer

SIM – Pelo arquivamento da denúncia contra Temer:
Alex Canziani (PTB)
Alfredo Kaefer (PSL)
Dilceu Sperafico (PP)
Edmar Arruda (PSD)
Evandro Roman (PSD)
Fernando Giacobo (PR)
Hermes Parcianello (PMDB)
João Arruda (PMDB)
Luiz Carlos Hauly (PSDB)
Luiz Nishimori (PR)
Nelson Meurer (PP)
Nelson Padovani (PSDB)
Osmar Bertoldi (DEM)
Osmar Serraglio (PMDB)
Reinhold Stephanes (PSD)
Sergio Souza (PMDB)
Hidekazu Takayama (PSC)
Toninho Wandscheer (Pros)

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Férias


Vereadora Solange do laboratório "desanca" Fuscão e é candidata a Presidente da Câmara


A recém eleita vereadora Solange do Laboratório (PSB) promete movimentar a política tenenteana já no inicio de 2017. 

A vereadora conseguiu reunir a maioria dos vereadores eleitos e registrou candidatura a Presidência do legislativo municipal, onde o atual presidente Fuscão Quege (PPS) preside a mais de uma década.

A vereadora sendo eleita presidente, terá grandes responsabilidades como por exemplo as futuras CPIs que devem acontecer na cidade.

Existe uma Luz no fim do túnel.


quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Pela 3ª vez, PT interrompe gravações do filme sobre a Lava Jato


filme-lj-2
As gravações do filme “Polícia Federal: A Lei é para Todos”, sobre a Operação Lava Jato, que vem sendo rodado em Curitiba desde meados de novembro, já sofreram três interrupções por causa de liminares do PT concedidas pela Justiça. A informação é do colunista Reinaldo Bessa.
O longa-metragem retrata os bastidores da investigação e deve chegar aos cinemas em maio de 2017. A princípio, trata-se do primeiro filme de uma trilogia sobre o tema. A equipe é comandada pelo diretor Marcelo Antunez — de blockbusters como “Qualquer gato vira-lata 2” e “Até que a sorte nos separe 3’’ (ambos de 2015)
Apesar de ficcional, a obra vai retratar as fases e os principais acontecimentos da Lava-Jato. Os locais que fazem parte do cotidiano do juiz Sérgio Moro em Curitiba — como o prédio da Justiça Federal e da Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde leciona — servirão de cenários para o filme, que também será gravado em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro.
Com um valor de produção de R$ 13,5 milhões, “Polícia Federal — A lei é para todos” foi financiado inteiramente com recursos de empresas privadas. De acordo com o produtor, Tomislav Blazic, inicialmente, o filme foi registrado junto à Agência Nacional do Cinema (Ancine) para se tentar algum tipo de captação de dinheiro público, por meio de leis de incentivo fiscal para o audiovisual ou editais.
— Mas resolvemos tirar (qualquer tentativa de financiamento) da Ancine em função do tema ser altamente sensível e de depois nos acusarem de usar recursos públicos. Aí mudamos a estratégia — conta Blazic.
O tema do longa-metragem, o produtor afirma, foi um facilitador para conseguir a verba.
Na ficção, o juiz Sérgio Moro será interpretado por Rodrigo Lombardi e o diretor da PF, Leandro Daiello, por Werner Schunemann. Antonio Calloni viverá o delegado Igos de Paula, coordenador da Lava Jato, e Flávia Alessandra, a delegada Èrika Marena. O ator Rainer Cadete será o intérprete de Deltan Dallagnol.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Moro aceita denúncia e Lula vira réu pela 4ª vez na Lava Jato


O juiz federal Sérgio Moro aceitou a denúncia do Ministério Público Federal contra o ex-presidente Lula (PT) e mais oito pessoas na Operação Lava Jato. Com isso, eles se tornam réus no processo. A denúncia apresentada à Justiça Federal do Paraná nesta quarta-feira (15) e envolve a compra de um terreno para a construção da nova sede do Instituto Lula e um imóvel vizinho ao apartamento do ex-presidente, em São Bernardo do Campo. As informações são de Adriana Justi, Alana Fonseca, Bibiana Dionísio e Fernando Castro do G1/PR e da RPC.
Confira quem se tornou réu no processo:

1) Antônio Palocci Filho
2) Branislav Kontic
3) Demerval de Souza Gusmão Filho
4) Glaucos da Costamarques
5) Luiz Inácio Lula da Silva
6) Marcelo Bahia Odebrecht
7) Marisa Letícia Lula da Silva
8) Roberto Teixeira
9) Paulo Ricardo Baqueiro de Melo

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Dilma é colocada contra a parede



Em entrevista a TV Al Jazeera, o repórter Mehdi Hasan enquadrou a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) com perguntas constrangedoras sobre a participação de petistas, incluindo a própria Dilma, sobre os esquemas de corrupção na Petrobras.

Juízes recorrem ao Supremo para suspender Emenda do Teto de Gastos

André Richter - Repórter da Agência Brasil
Entidades de classe que representam juízes de todo o país entraram hoje (15) com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a Emenda à Constituição do Teto de Gastos (originária da Proposta de Emenda à Constituição 55/2016), que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos, a partir de 2017. A emenda foi promulgada na manhã desta quinta-feira.
A ação é assinada pela Associação dos Juízes Federais (Ajufe), Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) e pela Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra). As entidades sustentam que a adoção de novo regime fiscal é ilegal por limitar e restringir a autonomia administrativa do Judiciário.
"Os poderes Executivo e Legislativo resolveram instituir o novo regime fiscal por meio de uma emenda constitucional, limitando e restringindo a autonomia administrativa e financeira do Poder Judiciário de participar da elaboração do seu orçamento", dizem as associações.
As entidades também argumentaram no Supremo que a emenda viola o "princípio da vedação ao não retrocesso social" e comprometerá a prestação dos serviços do Judiciário pelos próximos 20 anos.
"Enquanto o Poder Judiciário estiver sendo demandado, não parece correto estabelecer limitações materiais para a sua capacidade de julgamento, sob pena de prejudicar exatamente o cidadão/jurisdicionado, que é o elo mais fraco nas lides em tramitação", diz o texto.
A ação foi protocolada no sistema eletrônico e ainda não foi distribuída para um dos ministros da Corte.
Antes de ser aprovada no Senado, a PEC passou pela Câmara, onde tramitou com o número 241. Durante a tramitação, a proposta provocou discussões entre a oposição e a base de apoio ao governo na Câmara e no Senado. Segundo os apoiadores da medida, o teto de gastos por 20 anos é necessário para o ajuste fiscal e não vai prejudicar os gastos sociais.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

MPF em Brasília denuncia Lula, filho dele e mais dois na Operação Zelotes



O Ministério Público Federal em Brasília (MPF-DF) informou nesta sexta-feira (9) que denunciou à Justiça o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e o filho dele Luiz Cláudio Lula da Silva pelos crimes de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A denúncia foi presentada no âmbito da Operação Zelotes.

De acordo com o MPF, a denúncia foi feita após as investigações apontarem indícios de envolvimento do petista e de seu filho, além de Mauro Marcondes e Cristina Mautoni – que também foram denunciados - em negociações apontadas pelos investigadores como irregulares e que levaram à compra de 36 caças do modelo Gripen pelo governo brasileiro.

Também há indícios de irregularidades na prorrogação de incentivos fiscais destinados a montadoras de veículos por meio de uma Medida Provisória.

Odebrecht afirma em delação que repassou R$ 2 milhões a Alckmin via caixa 2, diz jornal


Executivos da Odebrecht afirmaram à força-tarefa da Lava-Jato, em Brasília, que repassaram R$ 2 milhões em dinheiro vivo, por meio de caixa dois, às campanhas de 2010 e 2014 do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Segundo a delação, duas pessoas próximas ao tucano foram citadas como intermediárias na negociação: o cunhado Adhemar Ribeiro, irmão da primeira-dama Lu Alckmin, e o atual secretário de Planejamento do governo paulista, Marcos Monteiro.

No total, 77 funcionários da empresa assinaram acordo de delação premiada. Alckmin seria chamado de “MM” durante as negociações dos recursos para sua campanha, segundo delatores disseram aos investigadores.

Ainda segundo o jornal, suas campanhas não registraram no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) doações da Odebrecht em 2010 e 2014. Haveria apenas uma contribuição de R$ 100 mil da empresa do ramo petroquímico Braskem, controlada pela empreiteira, em 2010; e outros R$ 200 mil repassados à campanha do tucano pelo comitê.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Rui Falcão: Lula é nosso candidato em 2018 e não há plano B


O presidente nacional do PT, Rui Falcão, garantiu, em entrevista ao jornal “Folha de S. Paulo” publicada neste domingo (4), que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o candidato do partido à Presidência em 2018. Ele ainda garante que não há nenhum “plano B” para esta questão.
“É uma exigência nacional, não só do PT, mas daqueles que veem nele um líder. (…) Quem pensa em plano B descarta o plano A”, explicou. Além disso, Falcão defende que Lula assuma o comando do PT.
com informações do jornal “Folha de S. Paulo

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Adriana Ancelmo aparece com uniforme semelhante ao de Cabral em foto da prisão


Adriana Ancelmo deixou para trás as joias e roupas de marca que marcaram sua vida como primeira-dama do Estado do Rio. No presídio Joaquim Ferreira, ela adotou o uniforme padrão das detentas da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), um conjunto muito parecido ao usado pelo marido, o ex-governador Sérgio Cabral.

Nas imagens, Adriana aparece de cara lavada, com os cabelos presos para trás. A advogada também está usando brincos pequenos e uma pulseira modesta no braço esquerdo.
Adriana Ancelmo com uniforme da Seap

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Em Curitiba, Papai Noel lidera “tomataço” contra políticos



Uma cena inusitada encerrou a manifestação contra a corrupção em Curitiba neste domingo (4) em frente à Justiça Federal. Depois de cerca de três horas de protesto, um manifestante vestido de Papai Noel liderou um “tomataço” contra a figura de políticos paranaenses em um dos cartazes do ato.

Os tomates foram trazidos pelo grupo Curitiba Contra a Corrupção. Segundo Yuri Knaut, integrante do movimento, os tomates eram impróprios para consumo e foram doados por feirantes do Ceasa. “Quando pedi, quiseram me dar 20 caixas, mas eu só trouxe o suficiente”, disse.
O cartaz trazia a imagem do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), além de políticos paranaenses. Em destaque, a figura do senador Roberto Requião (PMDB-PR). A imagem dos deputados paranaenses que votaram a favor da alteração das medidas anticorrupção, no plenário da Câmara também fazia parte do cartaz.
A manifestação em Curitiba reuniu 15 mil pessoas, segundo a organização. De acordo com a Polícia Militar, 8 mil pessoas compareceram. O principal alvo do protesto foi Renan Calheiros, que virou réu na semana passada por peculato no Supremo Tribunal Federal (STF) e responde a diversos inquéritos na Corte. Na semana passada, após a aprovação do pacote anticorrupção desfigurado na Câmara, Calheiros tentou aprovar o projeto em regime de urgência no Congresso, mas a manobra não deu certo. Os manifestantes também mostraram apoio às investigações da Lava Jato e ao juiz federal Sergio Moro.

Da Gazeta do Povo

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

URGENTE: Força Tarefa da Lava Jato diz que renunciará se medida for sancionada


Procuradores da Operação Lava Jato afirmaram nesta quarta-feira (30) que podem renunciar coletivamente caso a proposta de abuso de autoridade em vigor. A medida foi inserida no texto das dez medidas contra a corrupção pela Câmara na madrugada nesta
“Vamos renunciar coletivamente à Lava Jato caso essa proposta seja sancionada pelo presidente”, afirmou Carlos Fernando Lima, procurador da República.
Após aprovar por quase unanimidade o texto-base do pacote de dez medidas anticorrupção do Ministério Público, o plenário da Câmara dos Deputados passou a madrugada desta quarta-feira (30) votando emendas e derrubando vários pontos importantes da proposta.
A primeira atitude dos deputados na madrugada foi incluir emenda com a possibilidade de punição de magistrados e integrantes do Ministério Público por crime de abuso de autoridade.

Com país em luto, Câmara consolida teatro do pacote anticorrupção

Da Veja.com
 Carolina FarinaMarcela Mattos



Parlamentares sabiam desde o início que medidas do MP não passariam. E se aproveitaram da comoção nacional para passar alterações maciças na calada da noite



Enquanto dormia um país em luto pela tragédia que matou 71 pessoas e dizimou a equipe da Chapecoense na madrugada da ultima terça-feira, a Câmara dos Deputados virou as costas aos dois milhões de brasileiros que votaram em favor das dez medidas contra a corrupção apresentadas pelo Ministério Público – e desfigurou o texto de modo que a única mudança substancial aprovada foi a que torna crime o caixa dois. Foi o último ato de um jogo de cena que teve início assim que o projeto de lei chegou ao Congresso, em março. Os parlamentares jamais cogitaram aprovar o texto do MP. Mas não ousaram deixar transparecer a intenção para a opinião pública.
Diante do conturbado momento da política nacional, os deputados preferiram deixar que a tramitação do texto seguisse sem maiores interferências: a ideia era aprovar o projeto na comissão criada para analisá-lo e, então, mudar o teor dos principais pontos em plenário. A comissão ouviu promotores e juízes. Também aprovou o texto elaborado pelo relator da matéria, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Houve chiadeira, mas não grandes duelos. Os parlamentares sabiam que a batalha principal se daria em plenário. Multipartidária, a manobra se deu por meio de emendas apresentadas por nove legendas. O texto segue agora para o Senado – e nada indique que tenha melhor sorte por lá.


Comissão do Senado aprova simbolicamente fim do foro privilegiado para autoridades


Ailton de Freitas / O Globo
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou nesta quarta-feira, de forma simbólica, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que acaba com o foro privilegiado para todas as autoridades nos casos de crimes comuns e ações penais. A PEC acaba com o foro privilegiado de forma generalizada: para magistrados, procuradores, parlamentares e governantes do Poder Executivo nas três esferas. Na prática, essas autoridades serão julgadas pela primeira instância e não mais pela instância superior. A proposta segue agora para votação em dois turnos pelo Plenário.

Acaba o foro especial para presidente da República, vice-presidente, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), procurador-geral da República, integrantes do Judiciário e do Ministério Público, deputados, senadores, governadores e prefeitos.
O autor da proposta, Álvaro Dias, e o relator, Randolfe Rodrigues pediram a votação imediata, assim como o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO).
O presidente da CCJ, senador José Maranhão (PMDB-PB), defendeu o adiamento para a próxima semana.

— Não devemos entrar numa roda de sofreguidão para aprovar esse projeto, para não sair daqui com uma proposta capenga, que possa suscitar questionamentos na Justiça — disse Maranhão.
A proposta não acaba com o foro privilegiado para crimes de responsabilidade, cometidos por governantes, e nem como o foro privilegiado para o direito de opinião dos parlamentares.
Por sugestão de Anastasia, em caso de várias ações, elas correrão onde a primeira for protocolada.

Saiba como votaram os deputados do Paraná no pacote anticorrupção


Dos 27 deputados da bancada do Paraná, quinze votaram contra a punição nas emendas do pacote de medidas proposto pelo Ministério Público Federal que combate a corrupção. Doze deputados foram a favor das punições. Três não estavam presentes. As emendas são substitutivo do projeto de lei 4850/2016, intitulado como as 10 medidas contra a corrupção.
Ao todo, foram 313 votos a favor e 132 contra no texto que estabelece situações nas quais magistrados e membros do Ministério Público podem responder por crime de responsabilidade e abuso de autoridade foi aprovado.
Apesar de terem desistido de incluir no pacote a anistia à prática do caixa 2, os deputados incluíram medidas polêmicas e retiraram do textos propostas consideradas essenciais do projeto. O projeto seguirá agora para a apreciação do Senado.

Os deputados federais que votaram contra a punição foram:
Alex Canziani (PDT)
Aliel Machado (Rede)
Christiane Yared (PR)
Diego Garcia (PHS)
Fernando Francischini (SD)
Leandre (PV)
Leopoldo Meyer (PSB)
Luciano Ducci (PSB)
Luiz Carlos Hauly (PSDB)
Luiz Nishimori (PR)
Marcelo Belinati (PP)
Reinhold Stephanes (PSD)
Rubens Bueno (PPS)
Sandro Alex (PSD)
Toninho Wandscheer (Pros)
Aqueles que votaram a favor da punição foram:
Alfredo Kaefer (PSL)
Assis do Couto (PDT)
Dilceu Sperafico (PP)
Edmar Arruda (PSD)
Ênio Verri (PT)
Evandro Roman (PSD)
Giacobo (PR)
João Arruda (PMDB)
Nelson Meurer (PP)
Osmar Serraglio (PMDB)
Takayama (PSC)
Zeca Dirceu (PT)

Câmara torna crime caixa 2, mas muda pacote anticorrupção


Parecer da comissão sofreu várias mudanças; texto segue para o Senado.
Das 10 medidas originais, apenas 4 foram mantidas, com modificações.


O plenário da Câmara nesta terça-feira.  CÂMARA
Depois de mais de sete horas de sessão, os deputados desfiguraram o pacote que reúne um conjunto de medidas de combate à corrupção propostas pelo Ministério Público Federal. O texto foi aprovado pela Câmara na madrugada desta terça-feira (30). Com a aprovação, o projeto segue agora para análise do Senado.
Ao longo da madrugada, os deputados desfiguraram o projeto e aprovaram diversas modificações ao texto que saiu da comissão especial e incluíram temas polêmicos, como a punição de juízes e membros do Ministério Público por crime de responsabilidade. Essa previsão havia sido incluída pelo relator do texto, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), mas retirada pelo próprio relator posteriormente.
Entre as condutas que passariam a ser crime estariam a atuação dos magistrados com motivação político-partidária e a apresentação pelo MP de ação de improbidade administrativa contra agente público "de maneira temerária". Nesse caso, além de prisão, os promotores também estariam sujeitos a indenizar o denunciado por danos materiais e morais ou à imagem que tiver provocado.
Veja abaixo alguns dos pontos do pacote aprovado pela Câmara:
- Responsabilização dos partidos políticos e tipificação do caixa dois eleitoral
Os candidatos que receberem ou usarem doações que não tiverem sido declaradas à Justiça eleitoral irão responder pelo crime de caixa dois, com pena de dois a cinco anos de prisão. O texto prevê multas para os partidos políticos.

Se os recursos forem provenientes de fontes vedadas pela legislação eleitoral ou partidária, a pena é aumentada de um terço.
- Crime de responsabilidade a juízes e membros do Ministério Público
Entre as condutas que passariam a ser crime estariam a atuação dos magistrados com motivação político-partidária e a apresentação pelo MP de ação de improbidade administrativa contra agente público "de maneira temerária". Nesse caso, além de prisão, os promotores também estariam sujeitos a indenizar o denunciado por danos materiais e morais ou à imagem que tiver provocado.

A pena prevista no texto aprovado é de seis meses a dois anos de reclusão.
- Prevenção à corrupção, transparência
Os tribunais terão que divulgar informações sobre o tempo de tramitação de processos com o propósito de agilizar os procedimentos.

- Aumento das penas e inserção de tipos na Lei de Crimes Hediondos
Eleva a pena para diversos crimes, incluindo estelionato, corrupção passiva e corrupção ativa. Esses delitos serão considerados hediondos quando a vantagem ou prejuízo para a administração pública for igual ou superior a dez mil salários mínimos vigentes à época do fato.

- Ações populares
Reforça as regras para a apresentação de ações populares, que já está prevista na legislação brasileira. O texto especifica que, se a ação for julgada procedente, o autor da ação terá direito a retribuição de 10% a 20% a ser paga pelo réu.

- Recursos
Estabelece regras para limitar o uso de recursos com o fim de atrasar processos.


Fernanda CalgaroDo G1, em Brasília

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Anistia ao caixa 2 seria também contra corrupção e lavagem, diz Dallagnol

Por Gabriel Barreira, G1 Rio


Procurador do MPF participou de debate na FGV nesta segunda. Segundo ele, proposta para punir juízes é 'projeto de intimidação'.



O Procurador do Ministério Público Federal Deltan Dallagnol, coordenador da Operação Lava-Jato, afirmou nesta segunda-feira (28) que a proposta de anistiar o caixa dois, discutida na Câmara dos Deputados, representaria também a anistia à corrupção e à lavagem de dinheiro. A declaração foi feita em debate na Fundação Getúlio Vargas (FGV), na Zona Sul do Rio.

A anistia ao caixa dois foi levantada por deputados em emenda a um pacote proposto pelo MPF, conhecido como "10 medidas contra a corrupção". O perdão seria votado na semana passada, mas foi adiado após forte reação popular, e deve começar a ser apreciado no Congresso na terça (29). No domingo, o presidente Michel Temer anunciou "ajustamento" contra a proposta.

De acordo com o procurador, a manobra seria radical. "A proposta que se fez de anistia não é uma proposta de anistia a caixa dois. É uma proposta de anistia a crimes relacionados ao caixa dois, redigida de modo tal a permitir - na verdade, o que se quer - garantir anistia da corrupção e lavagem dinheiro, inclusive praticados na Lava-Jato", opinou o procurador.

Dallagnol comparou a reação parlamentar à resposta das autoridades italianas à Operação Mãos Limpas, na qual a Lava-Jato se inspirou. Na Itália, ao fim da operação que também prendeu políticos, o Parlamento acabou aprovando leis a favor da impunidade.

"Essa [dos deputados brasileiros] foi a manobra mais radical que eu vi. Mais radical do que aconteceu na Itália, sob a forma da reação de um sistema [político] a uma investigação", disse.

O representante do MPF disse que respeitaria a decisão soberana do Parlamento. Na semana passada, ele visitou Brasília e disse que a proposta seria uma tentativa desesperada de alguns parlamantares de se livrarem do processo.

"É a troca da certeza de punição pela possibilidade de uma forte reação popular".

Dallagnol reconheceu, no entanto, que, com o "esfriamento" da Lava-Jato, propostas semelhantes podem ser retomadas no Congresso no médio prazo.

Crime de responsabilidade

Outro projeto que pode fazer parte do pacote, segundo ele, é o que permitiria magistrados responderem por falta de decoro. De acordo com Dallagnol, isso permitiria que os investigados acusassem os investigadores. Ele classificou a proposta como um "projeto de intimidação".

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Para juiz Sérgio Moro, aprovar anistia a caixa 2 pode prejudicar Lava Jato


Geraldo Bubniak | Agência O Globo
 O juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, criticou em nota, na tarde desta quinta-feira (24), a tentativa de deputados federais de aprovarem a anistia ao caixa 2 dentro de um pacote anticorrupção discutido na Câmara.
"Tem-se a esperança de que nossos representantes eleitos, zelosos de suas elevadas responsabilidades, não aprovarão medida dessa natureza."
A nota foi divulgada enquanto a Câmara analisava o pacote anticorrupção. O caixa dois é o recebimento de doações eleitorais não declaradas à Justiça.
O juiz afirma que "toda anistia é questionável, pois estimula o desprezo à lei e gera desconfiança. Então, deve ser prévia e amplamente discutida com a população e deve ser objeto de intensa deliberação parlamentar".
A Câmara estava reunida desde as 9h de hoje para a votação do projeto de lei de combate a corrupção, em meio às articulações nos bastidores de deputados que defendem aprovar também uma anistia ao crime de caixa 2. A proposta para a anistia ainda não foi apresentada publicamente.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Moro começa a ouvir testemunhas em processo contra Lula nesta segunda


(foto: Agência Brasil)
O  juiz federal Sérgio Moro começa a ouvir as primeiras testemunhas de acusação do processo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tramita na Justiça Federal do Paraná, nesta segunda (21) O processo apura a propriedade de um tríplex no Guarujá, no litoral de São Paulo, atribuída a Lula, bem como melhorias feitas no imóvel e pagas pela empreiteira OAS. A ação também investiga o pagamento, pela OAS, do armazenamento de parte do acervo presidencial de Lula. A primeira audiência está prevista para as 14h.

Os primeiros a serem ouvidos serão os empreiteiros Dalton Avancini e Eduardo Hermelino, além do ex-senador Delcídio Amaral. Na quarta-feira, será a vez dos depoimentos do ex-deputado Pedro Corrêa, do ex-gerente da estatal Pedro Barusco e dos ex-diretores da Petrobras Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa. As oitivas do doleiro Alberto Youssef, do pecuarista José Carlos Bumlai, e dos lobistas Fernando Baiano e Milton Pascowitch estão marcadas para a sexta-feira.
Moro dispensou a presença do ex-presidente da audiência da ação penal e ele será representado por seus advogados. Segundo a denúncia, Lula obteve R$ 3,7 milhões em vantagens indevidas que lhe foram pagas pela empreiteira, de forma dissimulada, em troca de contratos com o governo federal. Entre 2003 e 2015, os contratos do Grupo OAS com a administração pública federal somaram R$ 6,8 bilhões, 76% dos quais corresponderam a negócios com a Petrobras.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

SHOW DO GUNS N´ROSES EM CURITIBA FOI UMA VERDADEIRA VIAGEM NO TEMPO


As referências ao tempo pontuam a turnê Guns N´Roses Not in This Lifetime Latin America, que passou por Curitiba nesta quinta-feira (17).  A começar pelo nome dado a série de shows que marcam o reencontro de parte da primeira formação da banda, que surgiu em 1985 em Los Angeles, Estados Unidos. A tirada, que em tradução livre significa algo como “não nesta vida”, faz alusão a uma declaração dada pelo vocalista Axl Rose há algum tempo atrás, quando perguntado quanto o time original se reuniria novamente. As palavras enfáticas eram reflexo das rusgas que se criaram especialmente entre ele e o guitarrista Slash, que há 23 anos decidiram dar cabo a uma das bandas de rock mais bem-sucedidas da história.

Mas nada como o tempo, sempre o tempo, para apaziguar os ânimos. Não à toa, relógios em profusão foram utilizados na cenografia do show. No telão ao fundo do palco, eles apareciam para marcar a passagem do tempo. Ou propor uma viagem ao passado. Quem se arriscou a fechar os olhos por alguns momentos, certamente voltou aos anos 90, quando a banda estava no auge. Axl Rose parece ter recobrado a potência vocal ao lado dos antigos companheiros: o guitarrista Slash e o baixista Duff McKagan. A dupla das cordas, em contrapartida, mostrou que não perdeu a forma com o passar dos anos. O que falar dos solos de Slash com sua Les Paul, dedilhando com voracidade o tema do filme O poderoso chefão, de Coppola, ou homenageando o Pink Floyd? De arrepiar!

Da Tribuna do Paraná
Gisele Rech

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Ex-governador Sérgio Cabral é preso pela PF na Zona Sul do Rio


Ele é suspeito de receber propina para a concessão de obras públicas.
Juiz Marcelo Bretas ainda determinou a prisão preventiva de outras 7 pessoas.


A Polícia Federal prendeu, na manhã desta quinta (17), o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral sob a acusação de cobrança de propina em contratos com o poder público. O ex-governador foi alvo de dois mandados de prisão preventiva, um expedido pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, e outro pelo juiz Sérgio Moro, em Curitiba.

Motivações para os pedidos de prisão
De acordo com a PF, a Operação Calicute foi desencadeada a partir da delação de executivos das construtoras Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia, sobre cobrança de propina em troca de concessões do poder público para obras como a reforma do Maracanã e a construção do Arco Metropolitano. Só a Carioca Engenharia comprovou o pagamento de mais de R$ 176 milhões em propina.
À Operação Lava Jato, os delatores Rogério Nora de Sá e Clóvis Peixoto Primo disseram que Cabral cobrou pagamento de 5% do valor total do contrato para permitir que a construtora Andrade Gutierrez associasse à Odebrecht e à Delta, no consórcio que disputaria a reforma do Maracanã, em 2009. Na época, o ex-governador negou que isso tenha ocorrido.
A Delta pertencia a Fernando Cavendish, amigo de Cabral que foi preso em julho, após o juiz Marcelo Bretas aceitar uma denúncia contra 22 suspeitos de participar de um esquema que desviou R$ 370 milhões dos cofres públicos.
São investigados os crimes de pertencimento à organização criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, entre outros.