Publicado em 13/03/2012 | EUCLIDES LUCAS GARCIA
Assim como os colegas de Brasília fizeram com Dilma, peemedebistas do Paraná reclamam de não receber o devido respeito do governo estadual
Maior bancada da Assembleia Legislativa, com 13 deputados, o PMDB, que era adversário de Richa na campanha de 2010, aderiu ao governo logo nos primeiros meses da gestão tucana. A necessidade de contar com os votos da bancada do PMDB fez com que o governador nomeasse o peemedebista Luiz Claudio Romanelli, que foi líder do governo Roberto Requião na Casa, como secretário do Trabalho.
Desde então, porém, a participação do PMDB no governo se limitou ao apoio nas votações dos projetos de interesse do Executivo. “Se entendermos que não temos tido o tratamento merecido, iremos sim para a oposição”, ameaçou um dos deputados insatisfeitos
“Agora começam a surgir os compromissos eleitorais. E as posições tomadas agora vão se refletir em 2014”, disse um outro parlamentar. Uma das exigências do PMDB é justamente que, nos municípios onde o partido tiver candidato a prefeito contra um adversário de partido da base aliada, o governador fique neutro.
Emendas
Outra reclamação da legenda recai sobre a falta de garantia de que os R$ 2 milhões que cada parlamentar propôs em emendas ao orçamento deste ano sejam efetivamente pagos. Também não há previsão de pagamento de um “agrado” de R$ 300 mil em emendas oferecido por Richa a cada deputado no fim de 2011. “Não adianta fazer compromissos no interior, se não vamos honrá-los. Assim, corremos o risco de pagar um mico muito grande”, reclamou o presidente da Comissão de Orçamento da Assembleia, o peemedebista Nereu Moura.
O assunto será debatido amanhã no Palácio Iguaçu entre os líderes partidários da Assembleia e alguns secretários estaduais. “Os R$ 300 mil devem ser pagos até o final de abril. Quanto aos outros recursos, a reunião servirá para agilizar a liberação”, afirmou o líder do governo no Legislativo, Ademar Traiano (PSDB).
Questionado sobre as reclamações dos colegas do PMDB, o tucano disse respeitar o partido, mas destacou que a legenda não está no governo Richa desde o começo. “O PMDB é respeitado e tem todo o direito de ter o mesmo tratamento dos demais partidos. Mas, lá em Brasília, eles têm a vice-presidência e são governo por inteiro. Estão no processo do começo ao fim”, argumentou.
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