“O PV é um partido importante,
tem uma militância forte.
Prova disso foi a vitória de Marina Silva
em Curitiba na eleição presidencial.
O PV tem uma identificação com Curitiba,
por ser considerada a capital ecológica”,
disse o deputado federal, PSC,
pré-candidato à Prefeitura da capital, Ratinho Junior
O deputado federal Ratinho Junior (PSC), pré-candidato a prefeito de Curitiba, se reuniu ontem com integrantes do PV para negociar uma possível aliança para disputar a prefeitura da capital nas eleições de outubro. Ao final do encontro, o parlamentar confidenciou: “Estamos namorando”. Como a presidente estadual do PV, a também deputada federal Rosane Ferreira, não pôde comparecer à reunião, um novo encontro pode ocorrer na próxima semana.
De acordo com o deputado estadual Roberto Aciolli, que preside o PV em Curitiba e esteve no encontro, existe a possibilidade do partido acertar a coligação com o PSC de Ratinho já na próxima semana. “O PSC demonstrou interesse em ter o PV como aliado, inclusive como vice [na chapa]. Com isso vamos estudar nomes. Na próxima sexta-feira podemos bater o martelo”, afirmou Aciolli.
Já Ratinho Junior disse que a definição do vice “é um assunto para daqui a alguns meses”. Até lá, Ratinho espera buscar apoios para viabilizar sua candidatura. “O PV é um partido importante, tem uma militância forte. Prova disso foi a vitória da Marina Silva em Curitiba na eleição presidencial. O PV tem uma identificação com Curitiba, por ser considerada a capital ecológica”, disse o parlamentar. Na próxima semana, Ratinho Jr. deve se encontrar em Brasília com a executiva nacional do PV para tentar transformar o namoro em casamento. Até agora, cita o pré-candidato, existem conversas avançadas com o PR, PCdoB, PTdoB e PHS.
PT
As negociações de Ratinho Junior também passam pela tentativa de atrair os petistas. Na semana passada, uma ala do PT municipal esteve com o deputado do PSC. Da comitiva petista, faziam parte a presidente do PT de Curitiba, ex-vereadora Roseli Isidoro, os vereadores Pedro Paulo e Johnny Stica e, ainda, o presidente da CUT, Roni Anderson Barbosa. “Ouvi deles que não está nada definido dentro do PT”, comentou Ratinho.
Os petistas ainda não conseguiram chegar a um concesso em Curitiba. Além da ala que se aproximou do PSC, existe outra que entende que o partido teria de lançar candidatura própria – que seria encabeçada pelo deputado estadual Tadeu Veneri ou pelo deputado federal Dr. Rosinha. Já a ala majoritária da legenda – comandada pelos ministros Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, e Paulo Bernardo, das Comunicações – defende uma aliança já no primeiro turno com o pré-candidato do PDT Gustavo Fruet.
A proximidade do PT com Fruet não agrada Ratinho. O deputado afirma que seria natural a aliança do PT com o PSC. “Afinal, em 2008, foi o PSC o primeiro e efetivo apoio à candidatura de Gleisi Hoffmann à prefeitura de Curitiba. E depois, em 2010, à eleição da presidente Dilma Rousseff”, alegou o pré-candidato.
(Texto de Karlos Kohlbach, veiculado no Jornal Gazeta do Povo, neste sábado, 04.02.2012)
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