Uniforme preto tradicional continuará sendo usado por policiais.
Tecido novo facilita respiração é inspirado em farda de guerra no Afeganistão.
Thamine LetaDo G1 RJ
A Tropa de Elite da Polícia Militar do Rio vai ganhar um novo uniforme ainda em 2012. Além das tradicionais fardas pretas, que acompanham os policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) há cerca de 20 anos, os combatentes vão poder usar também uma farda camuflada que dificulta a identificação dos policiais durante operações na mata e em comunidades cariocas.
Segundo o Major Maurílio Nunes, responsável pela encomenda das novas fardas, o novo uniforme é mais seguro, confortável e permite que os agentes do Bope respirem com mais facilidade.
“São esses três pilares que a gente buscou: saúde, conforto e segurança. Taticamente não é interessante divulgar um padrão de onde e quando vamos usar. Mas a farda preta vai continuar a existir, e a nova padronagem de camuflagem também. A farda nova se adéqua bem em operações na selva e na mata urbana”, disse Nunes em entrevista aoG1. Segundo o major, o tecido foi escolhido após uma pesquisa científica realizada pelo Bope em parceria com a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
Segurança
A pesquisa concluiu que quando o combatente estava vestido com a farda preta era facilmente identificado durante uma ação. “O preto delineia muito a silhueta do combatente. Então, o bandido vai saber que é um policial que está ali. Já a padronagem da camuflada, quebra o contorno do agente, e dificulta a identificação”, disse.
A pesquisa concluiu que quando o combatente estava vestido com a farda preta era facilmente identificado durante uma ação. “O preto delineia muito a silhueta do combatente. Então, o bandido vai saber que é um policial que está ali. Já a padronagem da camuflada, quebra o contorno do agente, e dificulta a identificação”, disse.
A farda camuflada que será usada pelo Bope foi criada para soldados americanos que lutaram na guerra do Afeganistão. Segundo o major Nunes, por causa da dificuldade na produção do tecido, o batalhão ainda aguarda a licitação para a compra do novo uniforme.
“Se conseguirmos que o tecido seja produzido aqui (Brasil) será uma licitação nacional. Caso tenhamos que importar, abriremos uma licitação internacional. A previsão é que aproximadamente em julho tenhamos essas fardas no Bope”, afirmou Nunes.
As fardas pretas também serão novamente produzidas, com o mesmo tecido usado na farda camuflada. Segundo o Nunes, 1.200 fardas devem ser compradas e cada uma poderá custar cerca de R$ 200.
Evitar cópias
De acordo com o Bope, uma das vantagens da nova farda é a dificuldade de copiar o material. “Depois que todo mundo começar a ver, lógico, acabam querendo copiar. Mas o tecido vai ser muito difícil de imitar. Teremos um cuidado para dificultar ao máximo a cópia da farda”, acredita Nunes.
De acordo com o Bope, uma das vantagens da nova farda é a dificuldade de copiar o material. “Depois que todo mundo começar a ver, lógico, acabam querendo copiar. Mas o tecido vai ser muito difícil de imitar. Teremos um cuidado para dificultar ao máximo a cópia da farda”, acredita Nunes.
Em 1978, quando o Batalhão de Operações Especiais foi criado, os agentes usavam a farda azul da Polícia Militar, assim como agentes de outros batalhões da instituição. Na década de 90, a farda preta foi adotada. A partir de então, o Bope passou a ser reconhecido pelo uniforme, que também era visto como arma psicológica.
“Falar em mudança de farda gera uma expectativa nas pessoas, achar que a nossa farda preta vai mudar. As pessoas ainda vão identificar o Bope com a farda preta, pois continuaremos usando. Mas muito mais que a farda, o que fez o nome do Bope foi o homem por trás dela”, acredita Nunes.
Segundo o Bope, quando os agentes atuam em ocupações em favelas, todo o equipamento pesa cerca de 25kg. Além da farda, o combatente usa colete, capacete, cinto de guarnição, uma pistola e um fuzil.
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