domingo, 17 de julho de 2011

Paraná nas mãos da “elite burra”

Por Guilhobel Aurélio Camargo

O governante que teve um mau mestre não será nunca pior do que aquele que não teve nenhum.


Ilustração: governante que não teve nenhum mestre

Vivemos dias no Paranazão que nossos governantes não foram preparados por qualquer mestre, mas foram criados com “maus amigos”.

No comando de Executivo, temos um “Príncipe”, que pouco ou nada aprendeu com o pai na arte de governar, mas viveu intensamente com os “Barettas” da vida curitiboca, dividindo raparigas e gasolinas em corridas de kart.

No comando do Legislativo, temos um “Matuto Elegante”, que, vindo do interior menos fértil do Estado, cujas companhias derrubavam árvores, conseguiu transpor de carroça em carroça os obstáculos, até chegar nos Omega blindados da Cotrans. Porém, o “nóis fizemo” continua operando no seu vernáculo pueril.

No comando do Judiciário, temos um “Grande Bode” de bom perfume, mesmo mais letrado que os dois anteriores, tem sob suas ordens o pior Tribunal de Justiça do Brasil. Chegamos a bater recordes de sentenças reformadas em Brasília, que passam da incrível marca de 70%. Um verdadeiro atestado de que não sabem julgar. Tivemos uma amostra do comportamento do TJ, no recente episódio do “Bonilha” ou da “Má-ilha chamada TC”.

Do que adianta nessa altura dos “sofríveis 3 poderes” no Estado do Paraná, explicar para quem não quer nem saber, a razão do Estado e a “arte de governar bem”?

O que entenderiam sobre Ética, quando “cada um se governa a si mesmo” buscando resultados para seu próprio bem, em detrimento do povo.

E sobre a política com a arte de desenvolver a economia e o bem estar do cidadão, que planos eles têm, a não ser cuidar dos seus próprios interesses.

Não existe nenhum plano de governo, para o estado em benefício do povo.

Vivemos os últimos 8 anos com um monarca do culto do seu próprio eu. Foi “o requianismo de uma só cabeça”. E agora estamos seguindo com uma nova monarquia, onde o “príncipe regente”, sem preparo, tem tutores infantis. Em volta do “Castelo do Príncipe”, outros dois poderes se tornam meros assessores do “monarca”. E o príncipe já ganhou um apelido de “Requião 2.0”!

Estão longe de entender a diferença de MONARQUIA, ARISTOCRACIA e DEMOCRACIA, embora digam “aos quatro ventos”, que vivemos em uma democracia.

Onde está o povo nessa democracia?!

Parece chegada a hora de buscar aqui a Liberté, Égalité, Fraternité de Jean-Jacques Rousseau, que também nos ensinou:
"É somente um incumbência, um cargo, pelo qual simples empregados [governantes] do soberano [povo] exercem em seu nome o poder de que os faz depositários, e que ele pode limitar, modificar e reivindicar quando lhe aprouver."

Estamos verdadeiramente mais próximos do tempo do “ Ancien Régime”, com a pequena diferença que o clero aqui não comanda o Estado como na França do Luiz XIV. No entanto, comanda os votos, através das lideranças da “bestialidade“ dos milhares de pastores e padres “cantores”, que lubrificam a cabeça do povo com o lema de “Com Cristo no barco tudo vai muito bem!!!”. E os “monarcas da democracia” negociam a chegada ao poder com esses “procuradores de deus” e o povo acredita que caminha para o Céu.

Para o “jovem Principe” guiado por teleprompter escrito por “Del”, nem com um José Bonifácio de Andrade e Silva, nosso mais ilustre polímata, conduziria a nossa “barca Paraná”, para um porto próspero e seguro. E Bonifácio aprendeu muito e leu tudo que pode de Leibnitz, Newton, Descartes, Rousseau, Voltaire, Montesquieu, Locke, Pope, Virgílio, Horácio e Camões. Mas o que o " Principe das Araucárias" entenderia dessa seleção (de 11 sábios) que não é de futebol?

Antes que esse ano termine, observaremos em preparativos para as eleições de 2012, o “Príncipe e seus vassalos” gastando fortunas do povo em propaganda. Irão usar efeitos para causar trevas aos olhos dos eleitores, enganando-os e levando-os a se imaginarem no Paraíso.

Quem sabe ainda o povo do Paraná possa fazer da velha prisão do Ahú, antes de "sua queda", uma "nova Bastilha", que não seria assaltada pelo povo, como foi em 14 de julho de 1789, onde foram massacrados 98 populares, mas um local para tornar, com “uniforme zebrado”, a casa dos nossos atuais governantes.

(Guilhobel)

Um comentário:

  1. O problema não está em nossos governantes, está na incapacidade dos governados em exercerem seus respectivos papéis de cidadãos.

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